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domingo, 30 de novembro de 2008

O amor aos pobres: um jeito franciscano de ser

A vida franciscana começa com amor aos pobres; com São Francisco dando-lhes esmolas abundantes, trocando suas roupas preciosas pelos farrapos dos pobres, na frente da Igreja de São Pedro em Roma, trocando seu cavalo e suas armas com um cavalheiro pobre. Tudo isso para ir experimentado a convivência com os pobres e para assumir a vida deles. Foi nesse caminho que São Francisco descobriu a pessoa de Jesus no mais pobre: o leproso, como o próprio santo dá testemunho no testamento, “foi assim que o Senhor me concedeu mim, frei Francisco iniciar uma vida de penitencia: como estivesse em pecado parecia de veras insuportável olhar para leprosos. E o Senhor mesmo me conduziu entre eles e eu tive misericórdia com eles. E enquanto me retirava deles, justamente o que antes me parecia amargo se me converteu em doçura da alma e do corpo. E depois disso demorei só bem pouco e abandonei o mundo” (Testamento).

Foi o encontro e a vitória marcante de sua vida. O Senhor quebrou uma grande barreira em sua vida: o fez amigo dos pobres e leprosos. E quando o Senhor lhe deu irmãos, ele os levou no meio destes novos amigos, para celebrar com eles o encontro, a partilha, a amizade, a reconciliação. Dizia uma irmã: “pobre é a coqueluche do momento”. Guiados por esse pai, uma multidão de irmãos e irmãs ficou com essa doença, perpassando toda história da vida franciscana: com Santo Antônio o pai do pão dos pobres; com Isabel da Hungria que servia os pobres e doentes de joelhos; com os primeiros Capuchinhos que construíam seus “lugares” aonde tinham doentes de peste; com São Francisco Maria de Camporosso, que ao pedir esmola para os pobres foi cuspido no rosto, e respondeu: isso é para mim e para os pobres o que você me dá?; com nossa irmã Dulce que começa uma grande obra cuidando dos pobres em um galinheiro e que agora se tornou o hospital que acolhe os pobres com dignidade e amor.

Portanto, é esse o jeito franciscano de ser impresso no corpo e no coração de muitos irmãos, que no anonimato continua essa história de amor.

Frei Francisco Carloni, OFMCap
Extraído de http://reflexoesfranciscanas.blogspot.com/2008/11/o-amor-aos-pobres-um-jeito-franciscano.html acesso em 30 nov. 2008.

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