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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

AS NOVAS COMUNIDADES...











AS NOVAS COMUNIDADES...

As novas comunidades são espaços da fé eclesial onde a vida no Espírito tem sido trabalhada e vivida por cada alma que delas participam. Como outrora, a Igreja vive hoje esse novo sopro do Espírito, em meio a essas novas comunidades. Nelas a presença de Deus é de tal forma experimentada, quer pela explosão de dons e carismas; formação espiritual, catequética e missionária; consagração leiga, religiosa e sacerdotal; quer pelos inúmeros grupos de evangelização leigos, colaboradores e consagrados de aliança, criados e sustentados nelas, que é impossível viver em seu meio e não sentir palpavelmente a força dessa graça que o Senhor concedeu à Sua Igreja.

São crianças, jovens, adultos e anciãos em busca de alimento espiritual para suas almas famintas e sequiosas do conhecimento e do amor do Senhor. De fato, tenho visto nestes anos que acompanho essas novas comunidades, o crescimento e a maturidade na fé de muitos filhos e filhas de Deus que se aventuram no seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo a fim de terem uma vida mais justa e santa, e assim poderem testemunhar a obra que o Senhor tem realizado pela transformação de suas existências.

Confesso, vi bem de perto o nascimento de várias dessas novas comunidades e estive presente no nascente de algumas delas; desse modo, dou testemunho do que vi e vivi, pois foram anos de muita alegria por perceber a obra que o Espírito Santo realizava em minha vida e na vida de cada irmão e irmã que comigo se lançava no seguimento do Senhor Jesus Cristo, com aquele mesmo entusiasmo dos primeiros discípulos do Senhor, relatado nas Sagradas Escrituras.

As Novas Comunidades são hoje, no seio Igreja do Senhor, o retrato mais fiel e autêntico das primeiras comunidades cristãs que nasceram em Pentecostes sob a égide de Pedro e os demais apóstolos em comunhão com Maria, a Mãe de Jesus e nossa mãe. Nelas vemos a renovação de nossa fé católica por um fervor e doação incondicionais, fundamentados na unidade da mesa da Palavra e da Eucaristia; da Tradição e do Magistério da Igreja, pensada e querida pelo Senhor que se faz presente constantemente no meio de nós até a consumação dos séculos.

Creio firmemente que esse novo sopro que o Espírito Santo suscitou no seio da Igreja, as novas comunidades, faz parte da preparação da “Noiva do Cordeiro” para a festa do banquete de suas núpcias eternas. “Os sinais dos tempos” tem demostrado isso. Pois, à medida que cresce a iniquidade fora da Igreja e até mesmo dentro dela; cresce, em maior proporção, a graça de Deus nos corações de seus filhos e filhas fiéis ao seu chamado; como que, nos preparando para a perseverança da batalha final que se aproxima. Não resta dúvida que a vinda do Senhor é iminente, pois, como disse são Paulo: “Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons,        traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!” (2Tim 3,1-5).

Ora, isto que acabamos de ler em São Paulo, é um alerta para nós que esperamos no Senhor a sua segunda e definitiva vinda. Por isso afirmamos que as novas comunidades é o novo modelo de Igreja que nasceu com o propósito divino da unidade permanente para nos desvencilharmos das cadeias da divisão que tem destruído tantas comunidades ditas “evangélicas”. Na verdade, essas comunidades não passam de meras denominações, dirigidas ao bel prazer por líderes afeitos, não à unidade de “uma só fé, um só batismo e um só Espírito”, mas aos interesses pessoais e às riquezas que ostentam como símbolo de uma teologia dita da prosperidade.

“Sem dúvida, escreveu São Paulo, grande fonte de lucro é a piedade, porém quando acompanhada de espírito de desprendimento. Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições.” (1Tim 6,6-10).

Por fim, chamo a atenção para um ponto importante, percebido nas Novas Comunidades nascidas no seio da Igreja Católica; pela graça de Deus, elas dependem da Providência Divina e se sustentam dela, porque creem e experimentam que a Providência Divina nunca falha. Com isso, elas procuram seguir o Senhor em sua divina exortação: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” (Mt 6,33-34).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.



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