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terça-feira, 6 de março de 2012

AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (III)





















AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (III)

Mãe intemerata (Íntegra; pura; imaculada; incorruptível)

Puríssima é a mãe do Puro Amor e não podia ser diferente, porque jamais o puro veio do impuro; jamais o perfeito, veio do imperfeito; jamais o que é santo, veio do pecado, jamais. Logo, Deus, infinito Criador de todas as coisas, dispôs em seu Amor Paternal, uma mãe intemerata para o seu Filho, Jesus Cristo, gerando-o pelo Espírito Santo, no ventre divinal da santíssima Virgem Maria. Ou seja, Deus quando criou o homem e a mulher, os fez sem pecado, “à sua imagem e semelhança”; porém, após o pecado de nossos primeiros pais, Deus enviou Seu Filho para redimir-nos, por sua encarnação, morte e ressurreição; restaurando, assim, a natureza humana decaída à sua condição original; e, é claro, isso não aconteceria sem que Ele mesmo fosse original, vindo de um seio original, isto é, sem pecado.

Deste modo, o Senhor realizou plenamente o seu plano salvífico para conosco, como nos ensinou São Paulo: “Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gal 4,4-6).

E ainda: “Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus”. (2Cor 5,21). Portanto, O Senhor, fez de sua serva, intemerata, isto é, íntegra, pura, imaculada, incorruptível; mãe “de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade, nos purificar e nos constituir seu povo de predileção, zeloso na prática do bem”. (Tit 2,13b-14).

Mãe amável

São João, em sua primeira carta, nos dá a definição mais perfeita que um ser humano pode dar de Deus na face da terra: “Deus é amor”. (1Jo 4,8b). Por isso, o mesmo João, diz: “Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1Jo 4,16). É essa permanência no amor que nos faz amar aquela que Deus amou primeiro, dando seu Filho Jesus para que dela nascesse; e é assim que amamos a Virgem Maria, com amor incondicional, como a amou seu próprio Filho, Jesus Cristo. Somente a Virgem Maria pode dizer: ‘Meu Filho, Jesus, meu amor; Carne de minha carne, Sangue de meu sangue; meu Senhor e Redentor, meu Deus’, e soar autenticamente original.

Por isso, amar-te, ó Maria santíssima, é amar o Amor que te criou e que por ti nos amou, enviando seu Filho, Jesus Cristo, numa carne semelhante a nossa, todavia, nascido sem pecado, para que livres do pecado, nos tornássemos Nele, filhos amados de Deus Pai, por toda a eternidade.

Mãe admirável

Admirar é ver com profunda admiração, isto é, contemplar a beleza infinita da mãe admirável de Jesus e nossa mãe, por tudo o que Deus Pai fez nela e por ela (cf. Lc 1,26-35; 46-55). Por exemplo: sua colaboração com o Autor de toda a vida na nossa redenção (cf. Lc 1,38); sua intercessão junto à seu Filho Jesus Cristo (cf. Jo 2,1-12), para vencermos as intempéries do deserto deste mundo, até que cheguemos à terra prometida por Ele, o Reino dos Céus.

Caso recebêssemos essa graça especial da parte de Deus, nosso Pai, de admirar Maria Santíssima face a face aqui neste mundo, certamente nos santificaríamos ainda em vida. Todavia, fazemos isso pela fé, porque os mistérios admiráveis de Deus, só podemos contemplá-los pela fé, pois, é como está escrito: “O justo vive pela fé” (Hab 2,4). Por isso, oremos com Jesus, nosso Senhor: “Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado”.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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