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domingo, 5 de maio de 2013

AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (XXV)





AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (XXV)

Rainha das Virgens

Ser virgem é ser consagrada(o) a Deus desde o nascimento, pois foi assim que Deus nos criou, homens e mulheres nascidos sem conhecer o pecado e é assim que deveríamos viver sempre, sem pecado algum em total comunhão com a vontade do Senhor que nos deu em seu amor tão grande virtude. Ao proclamarmos Maria sempre virgem anunciamos aquela que Deus fez vir a este mundo, totalmente imaculada, isto é, sem mancha alguma de pecado, em vista de Seu Filho amado, que realizou a nossa redenção e de toda a criação, fazendo valer o Plano Eterno da Salvação.

Com efeito, nossa vida e nossa fé se fundamentam nas virtudes divinas infundidas por Deus nos seus filhos e filhas desde toda a eternidade. Desse modo, a Virgem Santíssima, reina sobre todas as virgens, ou seja, sobre todos aqueles e aquelas que se conservam puros de corpo e alma, honrando a Deus por estas virtudes que Dele receberam. De fato, é uma grande honra para nós participarmos do reinado de Jesus Cristo e de sua Mãe, a Virgem Maria, pois aqui no mundo tudo passa, porém, na eternidade, tudo é permanece para sempre, em pleno estado de perfeição, onde a felicidade não tem fim. E, é para esse estado de graça permanente que nos conduz o Senhor.

Rainha de todos os santos

A santidade é um atributo divino, porque só Deus é Santo, infinitamente Santo; e por sua Vontade Eterna nos deu o mandamento da santidade para sermos santos como Ele é Santo (cf. Mt 5,48). O céu é a morada dos santos e santas que Deus santificou por Seu Filho amado, nos dando o perdão dos pecados, e a purificação de nossas almas. Jesus é chamado, na Sagrada Escritura, o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, o Santo dos santos, porque todo poder foi lhe dado sobre o céu e a terra (cf. Mt 28,18). Jesus é Filho da Virgem Maria e tem como Pai, Deus, que o gerou pelo Espírito Santo (cf. Lc 1,26-35), deste modo, o mundo conheceu a Santidade do Senhor Deus por meio daquela que Ele escolheu para semear, por Seu Filho amado, a Sua Santidade à toda a humanidade. Primeiro, fez dela Sua habitação permanente; e segundo, por Seu Filho, que dela nasceu, tornou-nos participantes de Sua Natureza Divina e participantes do Reino dos céus, pois, todas as graças e bênçãos nos vieram depois do sim  que a Virgem Santíssima deu a Deus Pai.

Rainha concebida sem pecado original

O pecado nunca foi a vontade de Deus, ele aconteceu em desobediência à ordem criada; pois tudo foi feito para o bem e a felicidade de todos. O primeiro homem, Adão, e a primeira mulher, Eva, foram criados em estado de graça, isto é, sem pecado, para viverem sem pecado algum, ou seja, tendo pleno acesso a Deus e ao seu poder, porque é nisto que consiste a felicidade humana. Com o advento do pecado, a desordem entrou no mundo e com ela a morte, como punição pelo pecado, porque não era possível que a desordem trazida pelo pecado perdurasse sempre. Porém, com o pecado, veio também a promessa da redenção começando pela mulher, uma vez que o pecado só se deu com o consentimento desta e do homem que a acompanhou em sua desobediência (cf. Gen 3,15).

Portanto, nada mais justo que a graça santificante também acontecesse por meio de uma mulher em pleno estado de graça. Por isso, Deus escolheu Maria e a fez nascer sem a mancha do pecado original, em vista do nascimento do Seu Filho Santo, Jesus Cristo, e de todos os que nasceriam deles pelo santo batismo. Por isso, hoje, todas as gerações proclamam, bem aventurada aquela de cujo ventre nasceu o Salvador da humanidade e de toda a criação. Amém!

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.


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