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quarta-feira, 23 de maio de 2018

NOSSA MAIOR ALEGRIA, NASCEU DA MAIOR DOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 9,38-40)(23/5/18).

Caríssimos, o anúncio da verdadeira libertação da humanidade, como conhecemos, passou pelo sofrimento de cruz; nossa maior alegria nasceu da maior de todas as dores, a dor do Filho de Deus que foi barbaramente torturado e assassinado sem nenhuma culpa, exatamente por aqueles que Ele veio salvar. Mas, Senhor, como pode, depois de todo o bem que lhes fizestes e de todo amor que lhes destes, ainda assim te mataram tão cruelmente?

Filho meu, a pior cegueira que existe é a cegueira causada pelo pecado nas almas que o cometem, pois nada enchergam além das trevas do pecado que conceberam, pois se deixaram seduzir pelos instigacões e perversões do maligno, para cometerem tais atrocidades contra os inocentes que perseguiram. Todavia, que fique bem claro, nenhum inocente perseguido e morto sofrerá danos além do sofrimento temporal, pois, depois desse tempo de prova, lhes será dado o refrigério eterno do meu amor em minha presença por toda eternidade, pois me imitaram em tudo por seu martírio.

De fato, desde que conhecemos a História da humanidade, percebemos que sempre existiu uma doentia oposição à verdade, como se fora uma espécie de sina trágica por parte daqueles que menosprezaram e abandonaram a Vontade de Deus. E tudo isso começou ainda antes da história da criação, com os anjos decaídos, que são seres espirituais criados por Deus, para servirem à Ele, mas também aos homens. Por recusarem esse humilde serviço se rebelaram contra a Onipotência Divina, mas perderam a batalha espiritual travada contra São Miguel e seus anjos e por isso se precipitaram contra os homens, tentando destruí-los, a quem na verdade deveriam amar e servir (cf. Ap 12).

Ora, de tal forma a humanidade foi atingida pelo pecado que foi preciso que nosso Pai Criador enviasse Seu Filho amado, gerado pelo Espírito Santo no seio Virginal de Maria, como Redentor de toda a humanidade. Vejam à que ponto Deus nos amou, pois sacrificou o próprio Filho, deixando que fosse morto numa cruz para apagar, com o derramamento do seu sangue, os nossos pecados e nos libertar para sempre da morte e do inferno, lugar eterno dos anjos e dos homens que se rebelaram e enveredaram pela via da perdição eterna.

Conclusão: "A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro." Por isso, o Profeta Isaías proclama: "Como são belos sobre as montanhas os pés do mensageiro que anuncia a felicidade, que traz as boas novas e anuncia a libertação, que diz a Sião: Teu Deus reina!"

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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